sábado, 23 de agosto de 2014

NA ULTIMA DÉCADA...DO NOVO MILÊNIO... (SECAS PELO MUNDO).


                            VÍDEOS:

DOCUMENTÁRIO DA CARAVANA DA SECA



CARTA ESCRITA NO ANO 2070




NA ULTIMA DÉCADA...
                       DO NOVO MILÊNIO...
                           (SECAS PELO MUNDO).


 1 -  SECA NO SUDESTE DO BRASIL:
              
              Seca no Sudeste: uma realidade assustadora
             

Agosto e setembro no Sudeste são meses críticos em termos de chuvas. Coincide ainda com o pico da seca no cerrado. Ou seja, o que está difícil, vai piorar.




Najar Tubino

Porto Alegre (RS)– A situação é crítica, tanto para o Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo e a capital, e recebe água do rio Tietê e do Piracicaba, como também do rio Paraíba do Sul, com um sistema de quatro represas, que abastece o Vale do Paraíba (SP), a região metropolitana do Rio de Janeiro e parte de Minas. Juntos os dois sistemas abastecem quase 30 milhões de pessoas. No final de junho o Cantareira estava abaixo de 17% da sua capacidade, o Alto Tietê quase na mesma situação e as quatro represas que formam o sistema no Paraíba do Sul com 23%. Paraibunas, a maior delas estava com 18%. Agosto e setembro no Sudeste são meses críticos em termos de chuvas. Coincide ainda com o pico da seca no cerrado, o que acaba formando um bloqueio atmosférico no país.

Ou seja, o que está difícil, vai piorar. Quanto mais calor, maior a evaporação.

A Organização Metereológica Mundial prevê a formação do fenômeno El Niño para este ano ainda, o que aumenta o volume de chuvas no sul, mas não muda a situação no Sudeste. Ao contrário, a previsão é de aumentar a temperatura em 2 graus. Esta é uma realidade que está na previsão dos pesquisadores do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da qual fazem parte vários pesquisadores brasileiros. Entre eles, José Marengo, do Centro de Pesquisa Metereológica do Brasil (CPTEC), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

Num livro de 2007, ele já citava as dificuldades que o Brasil enfrentaria com o acirramento dos fenômenos El Niño – quando as águas do Oceano Pacífico esquentam na costa da América do Sul – ou La Niña, quando acontece o inverso. Na verdade os fenômenos atingem o Planeta:

“- A mudança de posição das chuvas no Pacífico provoca alterações nas condições climáticas de várias regiões continentais ao redor do mundo, devido a grande quantidade de energia envolvida no processo de formação de chuva. Grandes secas na Índia, no Nordeste do Brasil, na Austrália, Indonésia e África podem ser decorrentes do fenômeno, assim como algumas enchentes no Sul,e Sudeste do Brasil, no Peru, Equador e no meio-oeste dos Estados Unidos. Em algumas áreas, observam-se temperaturas mais elevadas que o normal, como é o caso das regiões Central e Sudeste do Brasil, durante a estação de inverno”.

Mudança catastrófica

O mais importante, ele cita o caso do rio Paraíba do Sul, que desde 1920 apresentam uma tendência de vazões negativas, segundo ele, “poderia apresentar um grande impacto na economia do Vale do Paraíba do Sul, pois as principais cidades do Vale utilizam a água deste rio para consumo, irrigação e atividade industrial, qualquer redução devido a alguma mudança do clima seria catastrófica”.

Mais importante, registra Marengo: “a estação chuvosa no período 1920-2000 não apresenta tendência negativa. Assim, é possível que as variações observadas na hidrologia do rio sejam provocadas pelo gerenciamento regional de água e causas relacionadas à atividade humana”.

Parte da água do rio Paraíba do Sul é desviada para o rio Guandu, para a Estação de Tratamento do mesmo nome e que abastece a Grande Rio. Mais impressionante ainda é a proposta do governo de São Paulo, de fazer uma transposição da represa de Jaguari, parte do sistema Paraíba do Sul, para a represa de Atibainha, em Nazaré Paulista, do Sistema Cantareira. A proposta está em análise na Agência Nacional de Águas e na Agência Nacional de Energia Elétrica.

 
Até setembro haverá uma decisão. A obra estava prevista para 2015 e não conta com a aprovação do governo do Rio de Janeiro. O rio Paraíba do Sul tem administração federal, o que não é o caso do Tietê e do Sistema Cantareira, que também envolve a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, de responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (SABESP). 
  
Para encerrar o caso do rio Paraíba do Sul: no final de julho, Juares Domingues, do Comitê das Bacias Hidrográficas do Paraíba do Sul, declarou que se não chovesse em 90 dias a represa de Jaguari estará com apenas 2% da sua capacidade em novembro. E o rio Paraíba do Sul poderá ficar com uma vazão abaixo de 10%, algo pior do que ocorreu em novembro de 2003, quando atingiu 14,2%. A outorga, que é o licenciamento que o governo federal concede para exploração de rios e aquíferos, foi renovada pela SABESP em 2004. Entre as metas assumidas naquela data: reduzir a dependência do Sistema Cantareira, criando fontes alternativas; combater as grandes perdas de água e aumentar a coleta e o tratamento de esgoto.

Fuga de água

Ao pedir um novo aumento tarifário em março de 2014 para a Agência Reguladora de SP (ARSEP) a empresa se comprometeu mais uma vez a reduzir as perdas, também conhecidas por fugas d’água. Que de fuga não tem nada, trata-se da velha incompetência em gerir um sistema. A meta acertada com a ARSEP em 2013, relativo ao ano de 2012 era diminuir de 32 para 30% as perdas. Para 2014 a ARSEP impôs uma meta de 29%. Nos dois primeiros meses de 2014, as queixas dos consumidores por problemas de vazamento na rede de água da capital aumentaram 89%. Há dois a empresa, que tem ações na Bovespa e também na Bolsa de Nova Iorque – é uma companhia mista, onde o governo estadual detém 53% das ações e o resto está nas mãos de acionistas brasileiros e estrangeiros -, obteve um empréstimo da Agência Japonesa de Fomento no valor de US$440 milhões, justamente para reduzir as perdas de água, entre outros objetivos, como trocar hidrômetros e tubulações. Aliás, 17% da rede da empresa na capital paulista têm mais de 40 anos e 34% entre 30 e 40 anos. A média brasileira de desperdício de água é de 38,8%. No Japão é 3%.

“Enfrentar de forma organizada”

Entretanto, mesmo enfrentando uma seca desde dezembro de 2013, atualmente captando água do “volume morto”, a empresa mantém a soberba, para não dizer um autoritarismo típico dos conservadores estadunidenses, que sempre negaram a existência de mudanças climáticas no planeta.

“- São Paulo preferiu enfrentar de forma organizada a maior estiagem de sua história”, diz a empresa num comunicado público. Primeiro que isso não é verdade, segundo o Instituto de Astronomia e Geofísica, da USP. É a temporada com menos chuva desde 1969, é o 13º ano mais seco desde que as medições começaram em 1934 e o pior desde a criação do Sistema Cantareira, em 1973. Os três mais secos em 81 anos foram: 1934, 1941 e 1964. O governo de São Paulo chegou a divulgar o estudo do professor Paulo Nakayama, da Escola Politécnica, da USP, dizendo que a próxima seca deste tipo só ocorreria em 3.378 anos, como se fosse possível fazer tal afirmativa. O próprio professor depois esclareceu que não era para se ater aos números, mas somente a severidade do evento.
Problema é muito mais grave

Só mesmo o autoritarismo conservador, às vésperas de uma eleição, pode querer tapar o sol com a peneira, como diz o ditado popular. Principalmente, se a empresa responsável pelo abastecimento de água distribuiu quase R$5 bilhões em dividendos entre os anos 2004 e 2013. Mas o problema é muito mais grave. Como diz o professor Antônio Ruffo, chefe do departamento de recursos hídricos da UNICAMP, não existe nenhuma certeza de que as chuvas voltarão em outubro. Ao contrário, no ano passado choveu na metade de dezembro. Mais: precisaria uma chuva amazônica, em torno de 2000 mm, para repor o Sistema Cantareira, e os outros rios que fazem parte do abastecimento.
“- Menos de 10% de capacidade no Sistema Cantareira é alarmante, pois seguimos em período de estiagem. E se em outubro e novembro não chover o esperado”, questiona o professor Marcelo Pompêo, do departamento de Ecologia, da USP.


Situação de anormalidade climática

Seria possível considerar essa possibilidade se estivéssemos numa “normalidade climática”. Porém, esta é uma palavra que precisa ser abolida do dicionário, quando se falar em clima. Vejamos os registros da Organização Metereológica Mundial divulgados no início de 2014, a respeito dos eventos climáticos extremos no planeta.

“- São Paulo teve o janeiro mais quente desde 1943. Porto Alegre marcou a maior temperatura dos últimos 71 anos no verão – 40,5ºC, e a sensação térmica no Rio de Janeiro chegou a 57ºC. Janeiro foi o mês mais frio dos Estados Unidos, desde 1994. Por duas vezes algumas regiões foram atingidas pelo vórtice polar, massas de ar que eram circunscritas ao Ártico, que atingiram latitudes mais baixas. Nova Iorque registro 38 graus negativos. A Califórnia enfrentou a maior seca em 100 anos, o número de incêndios chegou a 150, contra 24, no ano anterior. Roma teve uma das mais fortes nevascas desde 1980. O Reino Unido, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, sofreu inundações em cinco mil propriedades, destruição de ferrovias, e na região do rio Tamisa, em Londres, foi a maior enchente em 67 anos.”

Para completar: em julho de 2014, o Japão enfrentou uma onda de calor que matou 15 idosos em uma semana e outros 8,5 mil foram internados. Moscou, no dia 27 de julho, registrou 36,7 graus, seis acima da média. Sem contar o fundamental em toda esta história: as margens dos rios foram destruídas, a urbanização detonou áreas de reservas onde estão localizadas as nascentes dos rios. O avanço da agricultura atingiu grande parte das bacias hidrográficas dos rios mais importantes do país, principalmente no Sul, Sudeste e no Centro-Oeste. A ECOA, uma organização social com sede em Campo Grande, divulgou o resultado de um projeto que percorreu os rios pantaneiros durante dois anos. A situação é crítica: assoreamento, alteração dos ciclos hidrológicos, com cheias menores, águas que sobem rápido e forte, córregos e baías que estão secando. As temperaturas têm subido em todas as regiões; aumento de queimadas e maior período de estiagem, para resumir o trabalho que é muito detalhado e envolveu três mil pessoas.

Fonte: Carta Maior (Meio Ambiente)

  

2 -  SECA NO NORDESTE DO BRASIL:

     Nordeste do Brasil teve pior seca dos últimos 50 anos em 2013, diz relatório
     
      O Nordeste do Brasil viveu em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos, segundo o relatório “Declaração sobre o Estado do Clima), divulgado nesta segunda-feira (24) pela Organização Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês). O relatório traz detalhes sobre chuvas, inundações, secas, ciclones tropicais, as camadas polares e o nível do mar em cada região do planeta. Segundo o documento, a Austrália teve o ano mais quente de sua história, e a Argentina o segundo mais quente.

Os registros são feitos desde 1961, e o relatório mostra que 2013 foi o sexto ano mais quente desde então. A temperatura média da superfície do oceano e da Terra em 2013 oi de 14,5°C, marca que é 0,50°C maior que a média registrada entre 1961 e 1990, e 0,03°Cs maior que à média da década mais recente (2001-2010). De acordo com a WMO, cada década é mais quente que a anterior, sendo que a última registrada. Treze dos 14 anos mais quentes registrados ocorreram todos no século XXI.
Veja ao lado reportagem do 'Jornal Hoje' de 16 de dezembro de 2013 sobre a seca no Nordeste

No ano passado, as temperaturas na América do Sul foram dominadas pelo calor na maior parte do continente. No Brasil o calor provocou seca no Nordeste, ao mesmo tempo em que muitos estados sofreram com chuvas fortes no final do ano. O relatório aponta, por exemplo, a cidade de Aimorés (MG), com precipitação média quatro vezes maior do que a normalmente registrada no Sudeste do Brasil para o mês de dezembro.


Fonte:    


3 -  SECA NOS EUA(ESTADOS UNIDOS DA AMERICA):
             
       EUA: seca se intensifica e atinge quase todo o Kansas
      
A estiagem se intensificou em Kansas na semana passada. De acordo com o Monitor da Seca norte-americano, 99% do Estado foi classificado com seca de moderada a excepcional, ante 91% na semana imediatamente anterior e 47% no início do ano. Kansas é o maior produtor de trigo dos Estados Unidos e, no momento, colhe a safra de inverno e faz o plantio da de primavera.

Fonte: Dow Jones Newswires.
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4 - SECA NO NORDESTE DA CHINA
     resposta de emergência contra seca no nordeste da China
   
     China lançou nesta segunda-feira uma resposta de emergência de quarto nível contra a seca na Província de Liaoning, segundo o governo.

O quarto nível é o mais baixo no sistema nacional de resposta de emergência.

De acordo o Ministério dos Assuntos Civis e a Comissão Estatal de Redução de Desastres, um grupo de trabalho foi enviado a Liaoning para inspecionar a situação e ajudar os afetados pela seca.

Até as 8h desta segunda-feira, a seca duradoura tinha afetado cerca de 5,46 milhões de habitantes, 1,17 milhão dos quais precisam de assistência. Pelo menos 1,42 milhão de hectares de terras agrícolas foram atingidos.
A seca é a pior na província há 63 anos. Desde julho, a província teve menos precipitação do que em qualquer ano desde o início dos registros meteorológicos, em 1951, de acordo com o departamento meteorológico provincial.
O departamento informou que a causa da seca é o fenômeno climático El Niño, que normalmente provoca seca no norte do país e leva mais chuvas ao sul.
Por Xinhua
 Fonte: 
http://portuguese.cri.cn/images/index_03.jpg

 SECA NA VENEZUELA
     

      Seca obrigará capital da Venezuela a racionar água por 4 meses

      
EFE | CARACAS7 MAI 2014
O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira um plano de racionamento na provisão de água na área metropolitana de Caracas e no estado Miranda por causa de um período de seca que poderia estender-se por até quatro meses.
Segundo o ministro de Meio Ambiente venezuelano, Miguel Rodríguez, El Lagartijo, um dos três os açudes da região, está em "nível morto", o que significa que está abaixo dos níveis que permitem seu uso deixando um déficit de 2.500 litros por segundos.

FONTE: LG ULTRA

SECA NA ESPANHA
  
Espanha reduz caudal do rio Tejo devido à maior seca desde 1912

Espanha está a viver a maior seca desde 1912, o que levou o Governo a decretar o estado de emergência para poder reduzir o caudal do rio Tejo que chega a Portugal.
Segundo o jornal El País, nas últimas semanas foram encontrados milhares de peixes mortos no rio, na região de Toledo. O cenário descrito pelo diário espanhol é deprimente e deve-se, segundo as autoridades espanholas, à seca e à contaminação da água.

O presidente da Confederação Hidrográfica do Tejo, um organismo do Ministério do Ambiente espanhol, diz que o problema foi provocado por fugas num colector no município de Toledo, e que as águas residuais sem tratamento foram vertidas directamente para o rio.

O município, porém, responde com um vídeo e fotografias de peixes mortos no rio antes de este chegar a Toledo. O presidente do município, o socialista García-Page, atribui a culpa aos transvases do Tejo para o rio Segura. “O Tejo está doente, e a água que tem está suja”, disse o autarca ao El País.

Segundo o diário, o Governo espanhol deve aprovar em breve um novo transvase do Tejo para o rio Segura para os próximos três meses – até agora, os transvases eram semestrais –, o que deve reduzir ainda mais a quantidade de água que chega a Portugal.

Já em Março, as autoridades espanholas anunciaram que iriam reduzir os caudais para o rio Douro, uma situação prevista na Convenção de Albufeira, que gere os rios partilhados por Portugal e Espanha.

O PÚBLICO contactou o Ministério do Ambiente português, mas ainda não obteve resposta. Neste caso, o Governo tem que ser formalmente avisado da decisão espanhola. 
A Convenção de Albufeira, em vigor desde 2000, prevê que em caso de seca o país não seja obrigado a cumprir os caudais trimestrais e anuais. Essa situação já aconteceu em 2005, ano em que se verificou um episódio de seca excepcional em toda a Península Ibérica.

Quercus preocupada com qualidade da água

De acordo com Francisco Ferreira, da Quercus, Espanha terá comunicado a Portugal já em Março a situação de excepção por motivo de escassez de água, para as bacias hidrográficas do Minho, Tejo e Douro.

A partir do momento em que é declarada a situação de excepção, Espanha deixa de estar obrigada a garantir os caudais mínimos trimestrais e anual. No entanto, de acordo com o artigo 19.º do texto da Convenção, quando os dois países entram num regime de excepção têm de se coordenar de forma a garantir as necessidades para os usos prioritários da água – como a rega, o consumo humano e os usos ambientais.
“Tanto quanto sabemos, Portugal ainda não se articulou com Espanha na definição destes caudais, e é importante fazê-lo com urgência porque já há conhecimento da situação desde Março”, afirma Francisco Ferreira.
Outra preocupação dos ambientalistas é o facto de o texto da Convenção se referir apenas à quantidade de água, remetendo a questão da qualidade para a legislação comunitária. “As duas coisas estão ligadas”, considera Francisco Ferreira, sublinhando que “menos quantidade de água significa menos diluição dos nutrientes, e isso significa menos qualidade”.
“Portugal já tem um problema no Verão, em que a zona do Tejo Internacional fica toda verde por causa do excesso de nutrientes [eutrofização]”, lembra o ambientalista. “Com o caudal menor, podemos ter um agravamento grande desta situação”, alerta.
Fonte:
Portal Portugal


SECA NA INDIA

Pior seca dos últimos 40 anos provoca fome e doenças na Índia

RFI

A Índia sofre os efeitos de uma seca histórica que afeta o país, com a morte de animais e lavouras e a falta de água potável. O fenômeno acontece devido a um ano com fracas monções no oeste indiano.
Prithviraj Chavan, governador Maharashtra, de onde Mumbai é a capital, alerta que situação no centro de está mais preocupante do que em 1972, ano da última seca recorde. “Os níveis dos reservatórios jamais estiveram tão baixos e, a cada dia que passa, eles se esvaziam um pouco mais”, disse. O governador atribuiu o problema à falta de chuvas nos últimos dois anos.

Milhões de pessoas, moradoras de 10 mil localidades de três grandes estados, enfrentam o problema. Mais de 2 mil caminhões-pipa circulam sem parar entre os vilarejos da região e trazem água potável para os habitantes e animais, que foram concentrados em campos provisórios à espera da próxima monção, de junho a setembro.

“O povo sofre com a fome. As pessoas não têm nada para comer, e tentam arrumar comida de qualquer jeito. Os casos de doenças ligadas à água contaminada também estão aumentando, assim como a desnutrição”, disse Christopher Moses, diretor de um hospital de caridade em Jalna, um dos distritos mais afetados.

Cerca de 70% dos indianos vivem da agricultura e, para eles, as monções são vitais porque dois terços das terras de cultivo não são irrigadas e dependem da água da chuva para poderem ser aradas. Em 1972, a seca devastou as lavouras de cereais na Índia e fez o preço dos grãos explodir, fazendo o governo recorrer à importação. O fenômeno se repetiu em 2009, com menor intensidade.

Neste ano, a produção de açúcar na temporada 2013/14 deve cair para abaixo do nível de consumo pela primeira vez em quatro anos. Essa redução pode causar uma alta nos preços globais do açúcar, com o maior consumidor mundial de açúcar importando a commodity a fim de manter seus estoques. A Índia é o segundo maior produtor, atrás do Brasil.

"Produtores em Maharashtra, Karnataka e Tamil Nadu estão mudando para outras culturas. Se nós observarmos os preços, a cana é atraente, mas não há água disponível", disse à Reuters um executivo de uma empresa de comércio mundial em Mumbai, que não quis ser identificado.

TAGS: CHUVAS DOENÇA FOME - ÍNDIA SECA
FONTE:
RFI – PORTUGAL


7SECA NAS FILIPINAS
     Seca nas Filipinas


8 – SECA NA AUSTRALIA

A SECA QUE ARRASOU A AUSTRÁLIA

Por: NICHOLAS VITAL

Falta de chuvas devasta as plantações de grãos australianas. Muitos produtores não sobreviverão. Literalmente.

A Austrália já é uma das regiões mais secas do planeta, mas a situação vem se agravando ano após ano. Muitos culpam o aquecimento global pelo problema, mas o fato é que a situação está realmente preocupante, principalmente para os produtores rurais, que dependem das chuvas para sobreviver. Sem chuvas, sem grãos. Sem grãos, sem dinheiro. Este é o drama vivido pelos agricultores, que se vêem num beco sem saída. Muitos já quebraram. Outros estão à beira do precipício. Literalmente.

Nos últimos anos, quando a situação climática começou a atormentar a vida dos produtores, o índice de suicídios nas zonas rurais explodiu. Hoje, este número já é 20% maior que nas cidades. O governo australiano não fornece números, mas a situação é mais do que preocupante. Os que não sucumbiram ainda mantêm as esperanças, mas a cada dia a situação fica mais complicada. Para se ter uma idéia do problema, os cerca de dois mil rizicultores australianos costumavam colher mais de 1,2 milhão de toneladas por safra. Neste ano, mal conseguiram chegar à marca de 18 mil toneladas, pior desempenho desde 1927.

“A frustração é um sentimento comum a todos”, afirma Les Gordon, presidente da Associação Australiana dos Produtores de Arroz. “Temos certeza de que somos ótimos produtores, mas neste momento a falta de chuva não nos deixa produzir absolutamente nada”, continua.

A situação preocupa até quem não tira seu sustento do campo. Isso porque o país deve deixar de ganhar grande parte dos US$ 30 bilhões gerados anualmente pelo agronegócio. A falta de chuvas na Austrália também vem contribuindo para a alta dos preços dos alimentos. O arroz, por exemplo, já dobrou de preço nos últimos dois anos. O milho também passa por situação parecida, o que está afetando diretamente as reservas mundiais do grão.

DRAMA: produtores observam animal penalizado pela seca, sem perspectiva de melhora Para agravar ainda mais o problema, um estudo recente realizado pela Australia’s Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization afirma que as temperaturas devem aumentar em média seis graus nos próximos 60 anos, ampliando a evaporação e a escassez de água. Mesmo que o clima volte ao normal – um cenário extremamente otimista –, os produtores ainda vão depender da irrigação artificial, já usada em mais de 70% das propriedades australianas. A próxima safra, que deveria ser plantada na última primavera, já está perdida. Sinal de mais problemas. Nas fazendas, o que mais se vê são pilhas e mais pilhas de areia. Por onde andam, os tratores levantam nuvens de poeira. A esperança de salvação da lavoura, de acordo com os produtores australianos, responde pelo nome de La Niña. O fenômeno, em curso este ano, pode trazer grandes chuvas no início do próximo inverno e é tido por todos como a única chance de sobrevivência. “Não precisa nem chover muito. Um pouco de água já será suficiente para voltar a produzir. Estamos acostumados à esta situação adversa”, completa Les Gordon, confiante em retomar os negócios a partir da safra 2008-09. Agora, só falta São Pedro colaborar.

Fonte: Portal Terra


9– SECAS NO CONTINENTE AFRICANO
           
     Seca na África leva milhares a campos de refugiados
   
      A seca que vem castigando a região leste do continente africano, conhecida como Chifre da Africa, está sobrecarregando campos de refugiados em países da região
De acordo com a Anne Mwathe, enviada especial da BBC à região entre a Somália e o Quênia, campos de refugiados na região, já sobrecarregados, estão operando muito acima de sua capacidade.

A seca é considerada a mais grave a atingir a região em 60 anos.

Três campos de refugiados na cidade de Daabab, a 100 quilômetros da fronteira com a Somália, estão abrigando um total de 370 mil refugiados, quando seu limite seria de 90 mil pessoas.
Representantes da ONG médica disseram à BBC que o número de pessoas em um campo de refugiados somali dobrou em questão de dias ao longo desta semana e que o local agora conta com 5 mil refugiados.

Sem alimentos
A MSF é apenas uma das entidades assistenciais agindo dentro de áreas da Somália controladas pelo grupo islâmico militante al Shabaab.

"Nós temos visto um aumento do número de pessoas desabrigadas que se refugiaram em acampamentos. Há uma semana,havia cerca de 300 famílias em um campo. Em questão de poucos dias, saltou para 800 famílias'', afirmou Jon Beliveau, um representante da MSF na região conhecida como Chifre da Africa.

A organização está dando auxílio médico a essas 800 famílias - cerca de 5 mil pessoas - mas não conta com alimentos para dar a elas.

De acordo com Jon Beliveau, os refugiados estão vivendo ''um momento desesperador e vulenerável''.

Somente água

De acordo com a Anne Mwathe, enviada especial da BBC à fronteira entre a Somália e o Quênia, a fronteira entre os dois países havia sido fechada no lado queniano, devido a temores de infiltração de milícias islamicas somalis ao longo da porosa e longa divisa.

Mas o governo do Quênia informou que, por conta dos tratados internacionais do qual é signatário, não irá barrar a entrada de refugiados em busca de auxílio no país.

Weheleey Osman Haji, uma mãe de seis crianças de 33 anos, contou à enviada da BBC que caminhou ao longo de vários dias ao lado de seus filhos para fugir da seca, sem se alimentar.

''Estamos caminhando há 22 dias bebendo apenas água. Desde que nasceu meu bebê, não como nada. Preciso agora de comida, vida, água e abrigo. Tudo que um ser humano precisa.

A enviada da BBC conta que cartéis que lucram com o tráfico de pessoas estariam aproveitando a crise para cobrar de pessoas desabrigadas pela travessia da fronteira.



       10– SECAS NO ORIENTE MÉDIO
              

               A seca no Oriente Médio consumiu um Mar Morto em 6 anos

         Na semana passada, publicamos um post mostrando como o Crescente Fértil, o berço da civilização no Oriente Médio, está secando. Uma nova pesquisa feita pela Nasa, agência espacial americana, mostra as dimensões dessa crise hídrica em uma região já inflamável por razões políticas e religiosas.

A imagem acima mostra a variação na oferta de água nas bacias dos rios Tigre e Eufrates entre janeiro de 2003 e julho de 2008. As áreas em vermelho perderam 150 ou mais milímetros de água na superfície em média. As em amarelo perderam de 100 milímetros a 50 milímetros. As áreas que acumularam mais água deveriam estar em tons de verde ou azul. Mas elas não existem na região demarcada.

Durante esse período, a região perdeu 144 quilômetros cúbicos de água. É quase o que cabe no Mar Morto. Isso afeta diretamente a Turquia, a Síria, o Iraque e o Irã.
(Alexandre Mansur)

Fonte: Blog do Planeta              

                             

                     EM SÍNTESE... UM MOMENTO DE REFLEXÃO:

Partido dos preceitos que o ‘Ciclo Hidrológico’...É impulsionado pela a emissão de energia e calor...Proveniente  do ‘Sol’, o ‘Astro Rei’ do sistema solar da nossa via láctea...Especificamente, para o ‘Planeta Terra’...E ‘Se’ realmente, o ‘Calor’...Oriundo do ‘Núcleo da Terra’...Vem também, coadjuvar, ou melhor, complementar no ‘Aquecimento das Águas dos Mares e Oceanos’...E como também, as ‘Águas Subterrâneas’...De toda hidrosfera terrestre...E o ‘Homem’, pelo o interesse da ‘Mais Valia absoluta’, dos ‘Interesses Neoliberal’, da “Geopolítica do Lucro Fácil”...Usa em demasia, ou seja, ‘Superexplora’...Os recursos naturais, como por exemplos, Petróleo, Água Subterrâneas, Gás Natural, entre outros...Que tudo isto, vem exaurindo os recursos naturais...Que por via de conseqüência, vem diminuindo os índices de chuvas em toda biosfera terrestre...

Entretanto, como explicar isto?

Não sendo prolixo, todavia, será preciso se adentrar aos preceitos do ‘Ciclo Hidrológico’, especialmente, na evaporação das águas dos mares e oceanos... E como também, na evapotranspiração das águas subterrâneas de todos os aqüíferos da hidrosfera terrestres...Neste,  pressuposto, vamos por parte:

1-      Agora, entretanto, ao meu vê, “Se”, realmente, os movimentos magmáticos do interior da terra, decorrente do aumento( El Niño ) e/ou diminuição(La Niña) da intensidade do calor oriundo do seu magma...Aonde ocasiona as colisões das placas tectônicas, terremotos, maremotos, tsunamis, atividades vulcânicas submersas nos mares/oceanos e as atividades vulcânicas continentais...Logicamente, com a exploração do pré-sal...Virá gradualmente, através dos anos e décadas...Diminuir substancialmente, o calor das águas do oceano atlântico, desde Espírito Santo até Santa Catarina (área do pré-sal)...Pois, o petróleo bruto, existente nesta área do pré-sal...Serve de combustão na intrínseca interação do calor oriundo do magma do interior da terra...Obviamente, com a exploração do pré-sal nas próximas quatro décadas pelo o Brasil...E certamente, por outros países tido como continentais, como Estados Unidos da America(EUA), Canadá, China, Índia, Austrália, entre outros...Que certamente, dento de suas milhas marítimas, possuem também, suas área de pré-sal...Com exploração do pré-sal em “Escala Mundial”.

Certamente, partido desses pressupostos abordados anteriormente, vem prognosticar que nas próximas décadas (2010 à 2050)...Vai haver gradualmente, diminuição da evaporação do atlântico sul...Que conseqüentemente, irá diminuir os “Índices de Chuvas”...Das estações chuvosas das regiões sul, sudeste e centro-oeste até mesmo na região norte do Brasil... Já concernente a região Nordeste... Acentuar-se-á o ciclo de semi-áridez desta região.

Então pelo visto, nas futuras décadas, como por exemplo, em ano de La Niña...Na Região Sul...Especificamente, no Rio Grande do Sul...Na sua estação chuvosa, de Setembro à Março...Vai ocorrer índice de chuva, bem abaixo da média...Brasília, Capital Federal, por exemplo, entre Agosto, Setembro e Outubro... Que neste período, citado anteriormente, já sofre com índices baixos de umidade relativa do ar, que é em média de somente 18% ...Que certamente, com a exploração do pré-sal...Nas próximas décadas...A umidade relativa de Brasília... Cairá a índices insuportáveis.

Em compensação dentro do contexto mundial... Como a exploração do pré-sal, como por exemplo, no Golfo do México... A médio e longo prazo... Certamente, os furacões, ciclones, tornados, entre outros fenômenos naturais, diminuirão suas intensidades... Decorrente do esfriamento das águas do atlântico norte... No Golfo do México e no Mar do Caribe...Que em conseqüência disto, diminuirão os Índices de chuvas...Nos EUA, MÉXICO, AMERICA CENTRAL... E EM TODO CARIBE.

Outro ‘Viés’ que vem a preocupar... É que,  com a exploração exaustiva do pré-sal em todos os mares e oceanos da hidrosfera terrestre... Todos as áreas (jazidas) do pré-sal ficarão vazias(em forma de cavernas)...Susceptíveis a intensos abalos sísmicos...Que trarão maremotos e tsunamis...Para essas “Áreas”...Aonde foram explorado o pré-sal...No caso do Brasil...Desde do litoral de Espírito Santo até Santa Catarina...Isto decorre devido, a pressão das águas do oceano atlântico...Em cima da camada do pré-sal(sem o suporte do petróleo extraído)...Tenderá a camada do pré-sal...Se acomodar...E por via de conseqüência...Vem os maremotos, tsunamis.

Em suma, pelo visto, a exploração do pré-sal...Tanto a nível nacional e internacional...É um contrato de risco...Geo-Politico-Ambiental.

2 – Já concernentes as águas subterrâneas, de todos os aqüíferos da hidrosfera terrestre, sem exceção, pelo visto, com uso exaustivo, que vem ocorrendo mundialmente, vem sem sobre de dúvida, diminuindo sensivelmente, os níveis ‘Estático e Dinâmico’ desses aqüíferos... Que conseqüentemente, vem há diminuir a evapotranspiração desses ecossistemas... Que obviamente, diminuirão as chuvas... Em todos os ecossistemas terrestres.

Em síntese, é só questão de tempo... Sumariamente se vê, mesmo com uma “Politica-Geo-Ambiental”, será inevitável... O aceleramento do Exaurimento’ das condições ‘Ambientais do Planeta Terra’... Entretanto, é o meu ponto de vista.


Do escritor Pedro Severino de Sousa
Do Livro: Água: A Essência da Vida.
João Pessoa (PB), 20 de Agosto de 2014