sábado, 9 de agosto de 2008

COMO DIFERENCIAR A FORMAÇÃO GEOLOGICA DOS DELTAS E DOS ESTUÁRIOS?

ESTUÁRIO


DELTA






VÍDEOS SOBRE...



Piatam Oceano
http://www.youtube.com/watch?v=3-_ZklNT3Uo






COMO DIFERENCIAR A FORMAÇÃO GEOLOGICA DOS DELTAS E DOS ESTUÁRIOS?



Apesar do avanço tecnológico muito segmentos científicos, ainda conceituam e/ou definem paradigmas científicos pela visão cientifica do passado, não se levando em consideração a visão Cientifica atualizada... Pois, estamos na “Era” da Informática, da Tecnologia de Ponta, da Cibernética, da Física Quântica, entre outros avanços...


Um exemplo patético disto é sobre a Ciência Geológica (Apesar de estudar a formação geológica da terra), ainda teima em conceituar os “Fenômenos Naturais”, com paradigmas ultrapassados...Como por exemplo, a conceituação mais em voga, sobre a conceituação na formação geológica dos “Deltas” e “Estuários”, se toma como “Referencial Teórico”, as “Eras” de Aquecimento Global (“Transgressão, avanço das águas dos mares e os oceanos para os continentes...”) e as “Eras” Glaciais (“Regressão, recuo dos mares e oceanos, devido à formação das calotas polares”)...Tudo isto dar a entender, no Aquecimento Global (“Transgressão, avanço das águas dos mares e os oceanos para os continentes...”), se formou os “Estuários”, enquanto, nos “Períodos” Glaciais (“Regressão, recuo dos mares e oceanos, devido à formação das calotas polares”)...Formaram-se os “Deltas”...Esquecem alguns “estudiosos”, que no avanço dos mares e oceanos (*aquecimento global) e/ou no recuo (**períodos glaciais), todas as bacias hidrográficas existentes no mundo nas suas desembocaduras sofreram simultaneamente os mesmos processos de transgressão e/ou de regressão, não se definido, portanto, pelo visto, se formou um estuário ou delta...


Se fossemos estudar esta questão dentro de uma analogia mais profunda, fundamentados em paradigmas mecanicistas ou sistêmicos, possivelmente encantaríamos respostas mais adequadas na conceituação da formação geológica dos deltas e/ou dos estuários, se levássemos em consideração, como por exemplo, a “Topografia” (se é plana ou acidentada) pelo menos da região costeira aonde o “rio” desemboca, e, sobretudo, a “Composição Mineralógica do Solo” (se é arenoso, ou se é argiloso/siltoso), desta a nascente até a sua foz...Obviamente, são estes citados parâmetros (topografia e a composição mineralógica dos solos de cada região em estudo), dentro de uma visão de um paradigma cientifico, se terá um “Modelo correto” se é uma formação geológica de um delta ou de um estuário!...


Diante destes pressupostos, irão perguntar, como assim? Quando a topografia de uma bacia hidrográfica é plana, principalmente na sua região costeira, e tem predominantemente na composição mineralógica dos seus solos, ser substancialmente de formação rochosa arenosa, por ser mais densa do que a argila e silte, e obviamente, por ter um coeficiente de sedimentação elevado, tendencior a formar um delta... Um exemplo desta situação se vê nitidamente, na formação do delta do Rio Parnaíba no Estado do Piauí...Ou então, na formação dos lençóis Maranhenses, pela junção em uma “Era Geológica Remota”, nas desembocaduras dos rios Parnaíba e Piriá, onde ocorre a transição de duas áreas distintas: a oeste predominam as rias e, a leste, as formações arenosas que formam os chamados lençóis do litoral maranhense... As rias são costas de recortes profundos, onde o mar é raso e as praias lodosas, com manguezais, dunas, restingas e pequenas falésias, enquanto os lençóis maranhenses correspondentes a uma série de dunas que se prolongam desde o Golfo Maranhense até a foz do Rio Parnaíba...


Já outra situação contrária, onde uma bacia hidrográfica, estar localizada em uma região acidentada, com formação geológica de predominância de “Serras e/ou Montanhas”(regiões estas, tendem aumentar substancialmente a velocidade no curso de suas águas, suscitando, obviamente, um “Menor” aporte de sedimentos), e ter na sua formação geológica de seus solos, a predominância de argila e/ou silte(de massa especifica bem menor do que o solo arenoso, possuindo, portanto, um baixíssimo poder de sedimentação...), obviamente, se formou Estuário...Um exemplo patético desta situação é sobre os diversos estuários existentes no Litoral Norte do Estado de São Paulo, entre Ilha Bela e o Ubatuba, principalmente, próximo das mediações da bifurcação da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira..


Outro exemplo típico de formação de estuário dentro do litoral do Estado de São Paulo é sobre o estuário do Porto de Santos- SP...Dentro desta visão estuarina, não precisa, irmos muito longe, temos o porto de Cabedelo-PB, que fica localizado dentro do estuário do rio Paraíba:




Que nasce nas serras do planalto da Borborema, nas fronteiras dos Estados da Paraíba e de Pernambuco (divisor da água entre estes citados Estados), precisamente, na divisa dos municípios de Monteiro(PB) e Sertânea(PE) e deságua na proximidade(a poucos quilômetros) da “Ponta do Cabo”(Ponta do Seixas), o Ponto mais Oriental das Américas, tendo uma topografia ligeiramente acidentada...




Entretanto, existe situação, que “Bacia Hidrográfica”, possui em sua desembocadura, uma “Seção Mista”, ou seja, existe em sua “Foz” uma formação de um delta/estuário...Decorrente da junção (combinação) das situações relatadas anteriormente, onde sua topografia é um misto de Planície e Planalto, e sua composição mineralógica dos seus solos, é um misto de caracterização de argila/areia e areia/argila...Um exemplo clássico desta situação é o Rio Amazonas:


Que tem em sua foz uma formação delta/estuário... Aonde dispensa uma explanação mais detalhada, pois é sabido por todo mundo, que o Rio Amazonas nasce nos Andes Peruano, depois de percorrer (com a junção de seus afluentes) em torno de 7.000(sete mil) quilômetros, passando por planaltos e planícies... Carreando em seu colossal volume de água(o maior rio do mundo, em volume de água e extensão), enorme volume de sedimentos, formando ao mesmo tempo(simultaneamente), o estuário do porto de Belém do Pará, e o seu delta principal, a Ilha de Marajó....


Ensejando, só a título de ilustração, merece destacar aqui e agora, a “Problemática Ambiental da Ponta do Seixas”, o Ponto mais Oriental das Américas, localizado na praia do Cabo Branco em João Pessoa(PB), aonde vem desde de 40(quarenta ) anos atrás, apresentando problemas de erosões(deslizamentos de suas barreiras), sem que os poderes púbicos Municipal, Estadual e Federal(não importa a competência), tomassem as devidas providências, que o caso lhe cabia...Devido, que os detentores do poder durante este interino de quarenta anos transcorridos, alegavam que ainda não tinha nenhum “Projeto Hidroambiental”, condizente a solucionar esta tão abordada e questionada(pela mídia local), da abra de recuperação da barreira do cabo branco...Neste interino, diversos projetos foram apresentados, pelo visto, sem entrar no mérito desta questão, não encontraram viabilidade de respaldo hidroambiental para execução dos mesmos...Entretanto, tudo isto mostra até então, a falta de consistência cientifica desses referidos projetos...Todavia, não quer dizer que também, faltou vontade Política...

É lembrar que diversos questionamentos foram levantados pelos os “Estudiosos”(Gestores Ambientais, Geógrafos, entre outros profissionais de áreas afins)...Segundo, meu ponto de vista, alguns argumentos coerentes...Outros, totalmente equivocados... Como por exemplo, existem “Estudos ou Teses”, que defendem que a principal causa dos deslizamentos das barreiras do cabo branco, é a falta de sedimentos (assoreamentos), não formando desde modo a linha de quebra mar das praias (Manaira, Tambau, Cabo branco, Seixas, Penha, entre outras..) em seu entorno.... Isto no decorrer do dia a dia , através da maré alta , ou melhor, da deriva das correntes marítimas, faz com que, o mar avance, e vai ensolapando o sopé da falésia do cabo branco, e provocando deste modo o deslizamento desta referida barreira do cabo branco...No entanto, vejo discrepância nesta afirmação, se não vejamos: Só para tem uma idéia, digamos se fossemos fazer artificialmente uma “Engorda”(sedimentação, ou um assoreamento, como queira chamar) de uma camada de 1(um) metro, nas citadas praias entorno do ponta do seixas, na intenção de se barrar o avanço do mar, impedindo desta forma o processo de abrasão da falésia do cabo branco...No entanto, esquecem esses estudos, que por ocasião das “Grandes Marés”, que acontecem periodicamente(de seis e em seis meses), período de transição das “Estações”, no mês Fevereiro, no Hemisfério sul( o nosso hemisfério) inicia-se a mudança do Verão para o Outono(Equinócio), onde neste período, acontecem referente o Brasil, principalmente no Nordeste, as grandes marés desta referida “Transição”de mudança desta estação...Já no mês de Agosto, período de transição do Inverno para a Primavera (Solstício) acontecem a mesma “Onda”(serie) de ocorrência das grandes marés... Agora recentemente, mais precisamente entre os dias: 18 e 20 de agosto de 2005 aconteceram as grandes marés deste citado período, que atingiram ao um patamar de 2.80m...Que, segundo a imprensa local, na praia do seixas, o mar avançou tanto, que destruiu vários barracos(bares) desta referida praia do seixas....Contraponto a isto imagine só de fato, repito, se tivesse esta hipotética engorda de 1(um) metro nestas citadas praias entorno do Ponta do Cabo Branco, toda orla(avenida) de Tambau a Cabo Branco seria invadida pela mar...





Contra-argumentando a tudo isto, gosto de conjecturar ou imaginar se o Rio Gramame e Rio do Cabelo na praia de nossa senhora da Penha(os rios mais próximos ) da ponta do cabo branco, juntos tivessem pelo menos, a dimensão do Rio Paraíba, provavelmente não existiria a “Ponta do Cabo Branco”, tão pouco, a orla urbanística de Cabo Branco e Tambau...


(*, **): Aquecimentos globais e períodos glaciais, foram períodos cosmológicos e geofísicos, que ocorreram distintamente e/ou simultaneamente períodos de grandes atividades vulcânicas, gerando uma espécie de efeito estufa(aquecimento Global) e/ou por colisão de asteróides (cometas e/ou meteoros) com a superfície da Terra, que, de uma forma ou de outra, formava camadas de névoas que impediam a penetração dos raios solares para a superfície do planeta, gerando, assim, os períodos glaciais... Isto, no entanto, foram fenômenos geofísicos e cosmológicos determinantes, portanto, do equilíbrio da natureza, que definiu a série fantástica de interações, mutações e evoluções de inúmeras espécies vegetais e animais, desde os primeiros seres primitivos unicelulares até chegar à espécie animal racional, que é a espécie humana.



DO ESCRITOR DO LIVRO: ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA
(www.aguapss.rg3.net)
PEDRO SEVERINO DE SOUSA

JOÃO PESSOA(PB), 28.08.2005









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