sábado, 29 de novembro de 2008

AÇÕES HÍDRICAS PARA O SEMI-ÁRIDO: (Construções de Barragens Subterrâneas e Cisternas de Placas)

VÍDEO SOBRE...



INSA - Instituto Nacional do Semi-árido (Paraíba, Brasil)




AÇÕES HÍDRICAS PARA O SEMI-ÁRIDO:
(Construções de Barragens Subterrâneas e Cisternas de Placas)




As construções de barragens subterrâneas estão sendo de uma necessidade imprescindível para os recursos hídricos do semi-árido do Nordeste Brasileiro, não só pelo fato desta mencionada região estar contida dentro do polígono das secas, em tempo e tempo sofrer com intermitências de estiagens, que estão sendo acentuadas pelas mudanças climáticas, decorrentes das ações antrópicas... Que vem provocando o aquecimento global... Mas, também deves ressaltar, que devido ao crescente processo de desmatamento, principalmente das matas ciliares e todo entorno de suas bacias hidrográficas, decorrente de ausência de uma “Política Pública Agropecuária”, que minimizem, pelo menos, os manejos inadequados desses recursos naturais (que não deixa de ser uma ação antrópicas), veio acelerar a desertificação nesta região...

Este acelerado processo de desertificação vem inexoravelmente, encadear um processo de erosão sem precedentes, e sem exceção, para todas suas bacias e sub-bacias hidrográficas, que através de um “efeito Dominó”, vem assorear os seus leitos hidráulicos, ou seja, os pontos mais baixos dentro seus talverques e/ou a sua margem, que teoricamente, se acumularia água... Aonde, naturalmente, se formaria o afloramento dos conhecidos poços naturais amazonas e os aluviões, nos períodos de secas e estiagens...

Entretanto, decorrente disto, nas estações chuvosas do semi-árido do Nordeste Brasileiro, que basicamente vai de Janeiro à Junho, toda esta massa hídrica dessas mencionadas estações chuvosas, porventura, não existindo Açudes, Barragens, etc. Até mesmo pequenos barramentos e/ou aduções, que formam “Micro - Bacias Hidrográficas”... Isto quer dizer, que todo este colossal (bota colossal nisso) volume de água, deságua inevitavelmente par o mar... Desta forma, havendo uma perda irreparável...

Tudo isto, pelo menos no Brasil. Pois, temos inúmeros exemplos disto... Não indo muito longe, gosto de citar como, por exemplo, o “Rio da Integração Nacional”, que é o “São Francisco”...


Apesar de já existirem uma série de “Barragens” desde Sobradinho (BA) até Xingó (AL), aonde se acumula dezenas e dezenas de bilhões de metros cúbicos de água, para se alimentar o sistema CHESF(Companhia Hidrelétrica do São Francisco):


No processo de geração de energia para abastecer todo Nordeste. E mesmo assim, um colossal volume de água, em torno de 1.850m³/s(mil oitocentos cinqüenta) metros cúbicos por segundo, diuturnamente, vai para o mar. Aonde, inexplicavelmente, Alagoanos, Sergipanos. Até mesmo Baianos e Mineiros que ficam bem distantes da montante de Sobradinho. Ainda ficam a teimarem de se negar uma pequeníssima adução de somente 1,4%( que considerado, resguardado a suas devidas proporções, uma gota D’água) de sua vazão regularizada, que é de 1.850m³/s (mil oitocentos cinqüenta) metros cúbicos por segundo, diuturnamente, que vai para o mar. Para a viabilidade da Transposição (adução) das águas do “Velho Chico” para os Rios intermitentes do Semi-árido de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.

Deixando esta problemática da questão da “Transposição” de lado, retornemos ao questionamento da necessidade de se difundir em caráter de urgência urgentíssima, as construções de forma difusa, das construções de barragens subterrâneas... Que deste modo, evitaria a evasão em parte dos “Corpos D’água”, oriundos das chuvas, par o mar... E como também, funcionaria como um “Sistema Sinergético Hídrico“, minimizando desta forma, a intensa evaporação, deste semi-árido que varia de 2.000mm/ano a 3.000mm/ano, dependendo da localização regional e/ou microrregional, ou seja, se for uma regional de depressões de vales e várzeas, esta citada evaporação pode chegar até 3.000mm/ano, como por exemplo, Vale das Espinharas da região de Patos(PB)... E se for localizadas em serras e planaltos, esta evaporação cai para em torno de 2.000mm/ano, como por exemplo, na cidade de Areia (PB), que se localiza no Planalto da Borborema...

É interessante observar que, decorrente desta intensa evaporação anual do semi-árido. E que muitos estudiosos dessa área hidrometeorológica, chega até afirmar (com inteira razão), que aqui no Nordeste “chove mais para cima, do que para baixo”... Pois, em média, aqui no semi-árido, chove somente 800 mm. Enquanto, sua evaporação é de entorno de 2.500mm/ano... Pelo visto, este processo de sinergia hídrica, através de Políticas Públicas de difusão de execução de disseminação de projetos de construções de barragens subterrâneas, diminuiria em muito esta intensa evaporação do semi-árido nordestino Brasileiro... Recarregando o lençol freático, desta forma reabastecendo os seus muitos aqüíferos.

É oportuno, falar em sistema “Sinergético Hídrico”, seria interessante, se construírem as margens de muitos rios intermitentes do semi-árido, uma série de “Piscinões”, como forma de retenção, ou melhor, de armazenamento de água, quando estes esses referidos rios do semi-árido estiverem transbordando nas suas estações chuvosas. Sendo assim, ao meu vê, contribuiria com uma acumulação mais efetiva desses recursos hídricos, nessas bacias hidrográficas... Que serveria para os múltiplos usos dessa água, como irrigação, piscicultura, lazer, etc. E até mesmo, de vazantes, nos períodos de estiagens, que vai de Julho a Dezembro. Perenizando desta forma, o seu leito principal. Entretanto, deve-se salientar, para se realizar as construções desses supostos piscinões, deveria primeiro, fazer o estudo de impacto ambiental. E, sobretudo, vê a viabilidade sócio-economico-ambiental.



Não esquecendo, devem se destacar, as construções de milhões e milhões de cisternas de placas em todos os rincões do Nordeste do Brasil. Pelo atual Governo federal e uma centena de Org(s) sócio-ambientais, aglomeradas na ASA (articulação do semi-árido), através de convênio com o Banco Mundial, para essencialmente, captar as águas de chuvas.


As cisternas de placas são reservatórios com capacidade para 16 mil litros de água construídos junto aos domicílios das famílias de baixa renda da área rural do semi-árido. Uma cisterna de 16 mil litros permite que uma família de cinco pessoas tenha água para beber, cozinhar e escovar os dentes durante o período de seca, que chega a durar até oito meses no ano. Assim sendo desta forma tirará muitos longínquos lugarejos, que ficam longe do acesso a água, da dependência exclusiva dos famigerados carros pipas, tão oneroso para os cofres públicos. E fomentador da “Indústria da Seca”. Aonde, muitas lideranças políticas interioranas, outrora, se aproveitavam da falta D’água, desses supostos lugarejos... Decorrente disto, ou seja, desta mencionada, falta D’água, suscitavam outras demandas sociais...

Ensejando, em épocas outrora, a muitos políticos inescrupulosos, a tirarem proveitos em pleitos “Político-Eleitorais”... Que obviamente, usavam como “Palanque Eleitoral”, para se perpetuarem no “Poder”... Que hipocritamente, se pré-julgavam os “Salvadores da Pátria...”



PEDRO SEVERINO DE SOUSA
ESCRITOR DO LIVRO:
ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA
João Pessoa(PB), 28.11.2008








Um comentário:

Anônimo disse...

Salvação ... do meu trabalho ... gostei muito obg !