terça-feira, 28 de abril de 2009

UMA REFLEXÃO SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL


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O PARADOXO DE NOSSO TEMPO

 


   UMA REFLEXÃO SOBRE O AQUECIMENTO GLOBAL


 O registro geológico da história da Terra, preservado nas rochas e fósseis, indica que o nosso planeta passou por longos períodos alternados de resfriamento e aquecimento em escala global (TEIXEIRA et al., 2000). Contudo a ação antrópicas nos últimos séculos vem provocando alterações atmosféricas que influenciam diretamente o clima das diversas regiões do mundo, fazendo com que o aquecimento pelo qual nosso planeta está passando seja acima do considerado como normal.

 

As mudanças climáticas vêm sendo desenvolvidas desde o homem da Idade da Pedra. Por ser um fenômeno que tem nuances de caráter natural, vem substancialmente influenciando por diversos motivos, no aquecimento global. Essas mudanças se tornaram mais visíveis depois do Século XX e no inicio do XXI, logo depois da ‘Revolução Industrial’ em 1780 na Inglaterra.

 Nesse contexto tem havido um Antropismo Exacerbado da mais valia absoluta, do capitalismo tido como neoliberal, onde o discurso dos países desenvolvidos tem se perdido pela incoerência de suas ações, onde os desmatamentos, a produção industrial e a poluição pelos gases exalados dos automóveis desencadeiam a aceleração dessas mudanças climáticas.


Na ECO 92, realizada no Rio de Janeiro, houve uma atenção das grandes potências mundiais, ao perceberem a problemática das mudanças climáticas em função das providências não tomadas. Na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e o Protocolo de Kioto: Para estabilizar a concentração mundial de GEE (gases de efeito estufa), em 1992 foram criados instrumentos de direito internacional pelos quais os países reconhecem as mudanças climáticas em andamento, definem responsabilidades e comprometem-se em realizar inventários das emissões de, entre outros. Mesmo observando os tratados de intenções e parcerias, até o presente ano/Abril/2009 não se tem notícia de uma nova ação concreta neste sentido, que possa encontrar uma solução para tal, ou que pelo menos se atenue às causas e efeitos das mudanças climáticas. A ciência que estuda as causas naturais está ainda andando em passos de tartaruga...

Partindo de premissa abordada anteriormente, e deste recente(02/01/2007) Relatório sobre “Mudanças Climáticas” , publicado pelo ONU(Organização das Nações Unidas) em Paris Capital da França. Vem, indubitavelmente, ainda dentro deste Séc. XXI confirmar situações sombrias para inúmeros ecossistemas, para não dizer toda biosfera terrestre, aonde a grande maioria da Humanidade, principalmente nos países pobres, sofrerão com secas, enchentes e oceanos, e outras catástrofes ambientais... Que deixaram muitas populações de muitos rincões, como por exemplo, Ilhas Maldivas, Oceano Indico, litoral Sul do Continente Asiático, e de Grandes Metrópoles(Nova York, Tóquio, Roterdam, Amsterdam, Recife, entre outras), como verdadeiros “Refugiados Ambientais...”

 

 Agora, entretanto, apesar deste quadro dantesco e assombroso, que ora vem se apresentando, o mais preocupante vai ser, como se combater a degradação ambiental(desmatamentos, queimadas, entre outras) e a diminuição das emissões de gases poluentes, sem afetar o crescimento econômico? Não precisa ser especialista em Geoeconomia, para se vê a olho nu, que toda atividade econômica produtiva(Industrial, Agropecuária, etc) afora construções Civis(Estradas, Urbanizações, entre outras) trás, indubitavelmente, degradação ambiental...

 

 

Agora, sem sombra de dúvida, o desemprego, gerado pela recessão econômica, é tão danoso ao meio ambiente, quanto ao aquecimento global, provocado pelas as ações antrópicas do Industrialismo... Um exemplo palpável disto, é o desemprego no Eixo Rio- São Paulo, que leva estas populações desempregadas a povoarem os Morros Cariocas, provocando deslizamentos de meia-encostas e as marginais dos Rios Tietê e Pinheiros, formando verdadeiros cortiços urbanos, trazendo inexoravelmente, problemas socioambientais de igual monta ao meio ambiente.



PEDRO SEVERINO DE SOUSA

http://pedroseverinoonline.blogspot.com/

JOÃO PESSOA (PB), 27.04.2009

 

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