É Manaus!!!
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MANAUS, AMAZON, BRAZIL
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HISTÓRIA DE MANAUS-AM
A região onde está o Estado do Amazonas nem sempre pertenceu por direito a Portugal. Era parte integrante da Espanha, nos primeiros anos que sucederam ao descobrimento da América, mas foi ocupada e colonizada pelos portugueses.
A 03 de junho de 1542 o Rio Negro foi descoberto por Francisco Orellana que lhe pôs o nome.
O período de povoação da Amazônia inicia entre os anos de 1580 a 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, tendo os portugueses penetrado no vale amazônico, sem desrespeito oficial aos interêsses espanhóis.
No período de 1637 a 1639 o explorador Pedro Teixeira, que tomou posse da região em nome da Coroa Portuguesa, partiu com uma expedição de Cametá-Pará, através do Rio Amazonas até a cidade de Iquitos, no Peru.
Devido aos interêsses comerciais portugueses que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois a região era de difícil acesso e desconheciam a existência de riquezas (ouro e prata), a ocupação do lugar, onde se encontra hoje o município de Manaus, foi demorada.
As primeiras manifestações de ocupação da região ocorreram através das tropas de resgate que, com objetivo de capturar escravos, invadiram a região à caça dos índigenas. Ao redor do pouso das tropas, constituiam-se os aldeamentos dos índios que em seguida eram pacificados pelos religiosos.
Outra causa para a colonização da região foi a de impedir a intromissão dos inimigos (estrangeiros) da Coroa Portuguesa.
A primeira forma de ocupação da região (cidade de Manaus) aconteceu com tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente que saiu de São Luíz no Maranhão, em 22 de junho de 1657, acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. A tropa fixou-se por algum tempo na foz do Rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa.
Outra tropa de resgate que ocupou a região, partiu do Maranhão em 15 de agosto de 1658. Nesse período as tropas de resgate já procuravam também, além dos indígenas, as chamadas drogas do sertão. Os indígenas tinham suas aldeias saqueadas, aqueles que se rebelavam eram mortos, pois não pretendiam tornarem-se escravos.
O capitão Pedro da Costa Favela, caçador de índios, ao retornar ao Pará em 1668, aconselhou o governador Antônio Alburquerque Coelho de Carvalho sobre a necessidade tática de guarnecer a região contra o assédio dos holandeses e espanhóis. Seria necessária a construção de uma fortaleza que resguardasse o Rio Negro das incursões inimigas.
A tarefa de construir um simulacro de fortaleza foi confiada a Francisco da Mota Falcão auxiliado pelo filho Manuel da Mota Siqueira.
Erguida, em 1669, em pedra e barro, sem fôsso e na forma quadrangular. Possuía dois canhões de bronze e dois de ferro que guarneciam as cortinas. A fortaleza foi chamada de Forte de São José da Barra do Rio Negro. O Forte ficava precisamente a três léguas da foz do Rio Negro, mais ou menos, no local onde se encontrava o antigo edifício da Fazenda Pública. E a duas léguas ficava a tapera dos Tarumãs.
O forte desempenhou sua missão durante 114 anos. Foi o seu 1º comandante o capitão Angélico de Barros.
Os primitivos habitantes dessa área, onde se encontrava o forte de São José da Barra do Rio Negro, foram as tribos: Manáos, Barés, Banibas e Passés, muitos dos quais ajudaram na construção do Forte, por influência dos religiosos portugueses e passaram a morar nas suas proximidades em palhoças humildes.
A tribo dos Manáos, considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão-de-obra escrava, entrava em confronto com os habitantes do Forte. Essas lutas só terminaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos Manáos através de casamentos com as filhas dos Tuxauas. Um dos líderes dos Manáos foi o indígena Ajuricaba que se opôs a colonização dos portugueses e que, no entanto, apoiava os holandeses: Ajuricaba foi aprisionado e enviado ao Pará. Sua morte ocorreu, em situação misteriosa, durante a viagem.
Sobre os nossos antepassados indígenas foi realizado, devido à colonização portuguesa, um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar seus traços e obras históricas. Podemos notar isso pela destruição feita ao cemitério indígena, onde se encontra, atualmente a praça D.Pedro II e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.
As habitações daquele período eram feitas em barracas de palhas inajá e de buço, algumas de paredes revestidas em taipa socada e outras em estilo palafitas que ficavam nas margens dos igarapés.
A população formada por indígenas e brancos cresceu tanto que em 1695 os missionários carmelitas, juntamente com os franciscanos, jesuítas e mercedários (encarrecado de catequizar os índios e impedir as guerras) resolveram erguer uma capela nas proximidades do Forte de São José da Barra do Rio Negro, onde recebeu o nome de Capela de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Manaus.
A Carta Régia, de 03 de março de 1755, criou a Capitania de São José do Rio Negro, no governo de Francisco Xavier de Mendonça Furtado, cuja sede estabeleceu-se em Mariuá, Barcelos.
Temeroso de invasões espanholas, o governador Manoel da Gama Lobo D'Almada transferiu a sede de Barcelos para o Lugar da Barra (ponto mais estratégico) em 21 de setembro de 1791. Com esse feito, o lugar adquiriu grande prestígio e progresso.
Temeroso de invasões espanholas, o governador Manoel da Gama Lobo D'Almada transferiu a sede de Barcelos para o Lugar da Barra (ponto mais estratégico) em 21 de setembro de 1791. Com esse feito, o lugar adquiriu grande prestígio e progresso.
O Lugar da Barra perde seu "status" político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, Capitão-Geral do Grão Pará, que inicia campanha contra a mudança de sede, o que leva a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798, e em maio de 1799, a sede volta a Barcelos. Em consequência da perda de seu "status", tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra. Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixa Barcelos tranferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.
A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro (após proposta de D. marcos de Noronha Brito, ao penúltimo governador Capitão de mar-e-guerra José Joaquim Victório da Costa).
Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou a categoria de Vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembléia da Provincial Paraense adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista da vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 05 de setembro de 1850 foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial nº 1592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente o ilustre João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1º de janeiro de 1852, cuja situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública. O 1º jornal foi fundado em 05 de setembro, mas sua primeira edição só circulou a 03 de maio de 1851 já com o nome de "Estrêla do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.
A 04 de setembro de 1856 pela Lei nº 68, já no decurso do 2º governo, que era Herculano Ferreira Pena, a Assembléia Privincial Amazonense dá-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem a valente nação indígena Manáos.
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