VEJA VÍDEO SOBRE BACIA HIDROGRÁFICA AMAZÔNICA:
NESTA OPORTUNIDADE VEJA VIDEOS SOBRE RECURSOS HÍDRICOS:
http://www.youtube.com/watch?v=nON-dRNKok8&feature=related
VEJA NA ÍNTEGRA INTREVISTA DO MINISTRO ESTRAORDIÁRIO DE ASSUNTOS ESTRATÉGICOS, ROBERTO MANGABEIRA URGEN SOBRE:
LEVAR ÁGUA DA AMAZÔNIA PARA O SEMI-ÁRIDO É ASSUNTO PARA O FUTURO, DIZ MANGABEIRA...
Manaus - Ao encerrar ontem (18) sua visita de quatro dias à Amazônia, o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, destacou a importância de transformar em ações concretas as intenções esboçadas em seu projeto de desenvolvimento econômico sustentável para a região.
Acompanhado por uma comitiva de secretários ministeriais, cientistas e representantes de órgãos do governo, além do ministro da Cultura, Gilberto Gil, que participou dos dois últimos dias da viagem, Mangabeira recolheu todo tipo de reivindicações e queixas locais, mas não explicou em nenhum momento como poderão ser incorporadas às propostas que já trazia no início da viagem.
Segundo o ministro, há um esforço por parte do governo para transformar a Amazônia em prioridade nacional. O ministro garante que não irá descartar ações anteriores, como as prescritas no Plano Amazônia Sustentável (PAS).
“O país começa a acordar para a centralidade da Amazônia na definição do futuro nacional. Começa a compreender que a região não é retaguarda, mas sim vanguarda, um laboratório onde precisamos e podemos construir políticas públicas e instituições que, adaptadas, terão relevância para todo o país.”
Na entrevista que concedeu à Agência Brasil durante o retorno a Brasília, Mangabeira negou a autoria de algumas propostas polêmicas como a construção de um aqueduto para transportar água da Amazônia para o semi-árido brasileiro e a extensão do modelo de organização do setor produtivo com isenções fiscais adotado na Zona Franca de Manaus.Confira abaixo os principais trechos da entrevista.Agência Brasil: A população da região amazônica conheceu o ministro Mangabeira e o Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República. Eles podem contar com o desenvolvimento do trabalho iniciado com sua visita à região?Roberto Mangabeira Unger: Ao assumir a tarefa de ajudar a propor e debater um novo modelo de desenvolvimento nacional, um modelo baseado na ampliação de oportunidades econômicas e educativas, me convenci de que esse trabalho só avançará se for traduzido em iniciativas concretas. Medidas que antecipem o rumo que o país busca. Nenhuma dessas iniciativas é mais importante que aquelas a respeito da Amazônia, um espaço privilegiado em que o país pode revelar a si mesmo. Converti-me a esta causa e, agora, quero ajudar a converter meus concidadãos, já que esta é uma causa que pode esclarecer, comover e transformar o Brasil.ABr: E quais serão os próximos passos deste trabalho?
Mangabeira: Temos de dar prosseguimento a este trabalho de três maneiras. Em primeiro lugar, preciso relatar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos demais ministros o que ouvi e fiz até agora para, assim, receber orientação sobre o que fazer. Em segundo lugar, precisamos chegar a um entendimento com todos os governadores e organizações sociais da Amazônia. Em terceiro lugar, precisamos identificar algumas ações concretas que exemplifiquem e antecipem esta iniciativa.
ABr: E que ações seriam estas? Mangabeira: As grandes diretrizes desta proposta já estão esboçadas. Já tenho uma visão de quais possam ser, mas preciso discuti-las com a equipe de governo e com os governadores. Já avancei muito ao divulgar um texto [o documento Projeto Amazônia – Esboço de Uma Proposta, texto de 17 páginas escrito pelo próprio ministro e distribuído a algumas autoridades e parte da imprensa] para provocar e organizar a discussão, mas que ainda não representa a posição oficial do governo. Não seria correto descrever essas ações sem antes tê-las acertado com o presidente e com os governadores.
ABr: A viagem ao Amazonas e Pará acabou ganhando um amplo destaque por conta da controvérsia em torno de uma suposta declaração sobre a construção de um aqueduto para transportar água da região para o semi-árido nordestino. Qual foi sua real proposta?Mangabeira: Eu não fiz essa proposta de construir um aqueduto. Agora, as falsas controvérsias precisam ser aproveitadas como oportunidades de esclarecimento. Além do que, é preciso distinguir o periférico do central. No projeto, a questão central é o zoneamento econômico ecológico da Amazônia baseado na solução das questões fundiárias e na definição de estratégias econômicas distintas para as diferentes partes da região.
ABr: Mas em seu texto, o senhor trata da indisponibilidade de água em um local enquanto na Amazônia o recurso “potencialmente aproveitável” estaria sobrando. E embora coloque que seriam necessárias novas maneiras de conceber e de construir aquedutos para transportar o líquido de onde tem para onde falta, defende que é necessário olhar para além das tecnologias já existentes.Mangabeira: Ao discutirmos a questão da água, que ocupa um lugar subsidiário no texto que divulguei, eu disse que temos de resolver o paradoxo de que na região que concentra 20% de toda a água doce do planeta, falta água confiável para os habitantes. Temos de resolver esse problema com tecnologias já disponíveis. Só depois, em uma outra etapa, usar tecnologia ainda a desenvolver para que a Amazônia possa participar da solução dos problemas da água no semi-árido brasileiro.
ABr: Então o senhor não afastaria a hipótese de construção de um aqueduto? Mangabeira: Não é eficiente transportar água de uma região para a outra com as tecnologias hoje existentes. Teríamos de desenvolver outras tecnologias. Volto a insistir, vamos distinguir o que é central do que é secundário. Porque conversar sobre isso se há um tema muito mais importante, que é a tecnologia florestal? Um dos grandes temas discutidos é a organização prática do uso controlado e sustentado da floresta. Precisamos desenvolver uma tecnologia apropriada para nossas florestas e dar forma jurídica para a gestão comunitária das florestas. Só assim teremos alternativas ao controle estatal das florestas de um lado, e a entrega às grandes empresas de outro.
ABr: E qual a proposta neste sentido?
Mangabeira: Na Amazônia já desmatada nós temos a oportunidade de não repetir os erros de nossa formação histórica, a chance de organizar um modelo econômico diferente do modelo instaurado nas Regiões Sul e Sudeste no século 20. Um modelo que associe o Estado aos pequenos produtores e que vincule diretamente às vanguardas e às retaguardas do setor produtivo.
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ABr: E para as áreas ainda preservadas?
Mangabeira: Na Amazônia florestada, devemos dar seqüência prática ao manejo controlado e sustentável da floresta. A grande diretriz e a ambição que inspirou esse projeto foi o compromisso de combinar a intenção produtiva com a preservacionista, promovendo a inclusão social. Ninguém faz isso sem reconstruir as instituições.
ABr: Para as áreas já desmatadas, o senhor defende um modelo igual ao da Zona Franca de Manaus?
Mangabeira: Esta foi outra falsa controvérsia. A Zona Franca é uma resposta singular a uma circunstância singular. Nada indica que faça sentido repetir sua fórmula em outras partes da Amazônia. Há aí, porém, um outro tema, este sim relevante. Não só para a Amazônia como para todo o país. A Zona Franca é um experimento admirável. Não é apenas um conjunto de montadoras, ela abrange empreendimentos avançados.
ABr: Mas houve críticas no sentido de que ela não serviria aos pequenos produtores locais?
Mangabeira: A questão aí é como empreendimentos avançados podem produzir máquinas e bens que empreendimentos mais atrasados possam assimilar. Ou seja, estabelecer um vínculo entre a vanguarda e a retaguarda produtiva. Na região, precisaríamos estabelecer esse vínculo de maneira a qualificar o manejo controlado e sustentado da floresta, com a qualificação tecnológica e organizacional das empresas urbanas. Sobretudo das pequenas empresas, para que elas aproveitem produtos da própria floresta na produção de soluções e máquinas da própria indústria florestal. Aí sim, teríamos uma revolução simultaneamente produtiva, ambiental e social na Amazônia.
ABr: E como tornar isso possível?
Mangabeira: Temos a consciência de que a causa da Amazônia não avançará como pleito regional, mas somente como um projeto nacional.
FONTE: AGÊNCIABRASIL
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2008/01/19/materia.2008-01-19.8601562053/view
QUADRO HIDREELÉTRICO, QUE ORA ESTÁ SE APRESENTANDO...
VEJA VÍDEOS ABAIXO:
(http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM774417-7823-BRASIL+CORRE+O+RISCO+DE+VIVER+NOVA+CRISE+ENERGETICA,00.html )
(http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM774295-7823-AUTORIDADES+NAO+DESCARTAM+RACIONAMENTO+DE+ENERGIA,00.html )
(http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM774295-7823-AUTORIDADES+NAO+DESCARTAM+RACIONAMENTO+DE+ENERGIA,00.html )
(http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM773834-7823-ESTIAGEM+PREOCUPA+SETOR+ENERGETICO,00.html )
APÓS TUDO ISTO...ABORDADO ACIMA...AO MEU VÊ:
BACIA AMAZÔNICA: A SALVAÇÃO DA PÁTRIA:
A Bacia Amazônica, a maior do planeta, tem como rio principal o Amazonas, que nasce nos Andes peruanos e deságua no Oceano Atlântico. Esse rio recebe o nome de Marañon, no Peru, e Solimões, no Brasil, passando a ser denominado Amazonas na confluência com o Rio Negro, na cidade de Manaus. Percorrendo 7.100 km, o Amazonas é o maior rio do mundo em extensão e em volume de água, apresentando em sua foz uma vazão média de 215.000 m3/s (duzentos e quinze mil metros cúbicos por segundo). É navegável por navios de grande porte, de Manaus à Ilha de Marajó em sua foz no Atlântico.
Diante do anuncio da previsão da NASA de que no Nordeste do Brasil ocorrerão duas décadas de secas, já a partir do ano 2002, e que o Rio São Francisco morrerá daqui a 60 anos e que, aliás, todas as bacias hidrográficas perenes existentes na face da terra, sem exceção, tenderão a se exaurir, mais cedo ou mais tarde, logicamente o tempo de existência de cada uma dessas bacias hidrográficas varia de acordo com o seu tamanho. Muitas dessas bacias hidrográficas não chegarão a completar um século de existência. Outras, talvez, existirão por centenas de ano. Mas só a Bacia Amazônica perdurará por milênios! Estima-se que a Bacia Amazônica levará mais de três milênios para se exaurir.
Isto será inevitável, até porque é crescente a diminuição gradativa dos índices pluviométricos (chuvas) em todos os quadrantes da biosfera terrestre no transcorrer dos anos, décadas e séculos, devido a permanente mudança na climatologia desta biosfera, decorrente dos efeitos, dos fenômenos naturais, como por exemplos, diminuição gradativa, da emissão da energia, luz e calor por parte do Sol ao longo dos tempos, e também diminuição das atividades vulcânicas, principalmente as submersas nos oceanos, entre outros. E, especialmente, o provocado e acelerado pelo homem, como por exemplos, devastação de matas e florestas e a crescente urbanização, questões estas que abordo e comento em outros capítulos.
Neste caso, diante dessa crescente escassez de recurso hídrico (potável) mundial, até mesmo porque o Brasil, apesar de possuir 11,6 % de toda água doce superficial do planeta, 70% dela se concentram na Bacia Amazônica, onde vivem, apenas 7% da população brasileira, enquanto que no Centro-Sul e Nordeste, onde vivem os outros 93% da população, existem muitas áreas que já enfrentam problemas sérios de abastecimento de água potável. Urge, imprescindivelmente, a necessidade de se fazer as interligações e suas devidas derivações das quatro grandes bacias brasileiras, tendo a Bacia Amazônica como a bacia piloto (a principal) dessas interligações. Deste modo, simultaneamente, além de melhor distribuir esta concentração de água, atende, também, no reabastecimento das grandes represas brasileiras, que alimentam as hidrelétricas de Tucuruí (PA), Boa Esperança (PI), Sobradinho (BA), Três Maria (MG), FURNAS (MG) e até mesmo a binacional Itaipu, no Paraná, divisa Brasil-Paraguai. Por sinal, todas essas represas apresentaram, no ano de 1999, baixos níveis de acumulo d’água.
A grosso modo, pensam que essas obras são inexeqüíveis e de alto valor orçamentário. No que se refere à questão técnica, ou seja, de engenharia dessas obras, o mais difícil é de se vencerem os divisores de águas e que, no resto, ficará por conta de adutoras, canais e até mesmo por gravidade, através das bacias hidrográficas existentes. No que se refere à questão orçamentária, sem sombra de dúvida será um orçamento vultuoso, mas logicamente essas mencionadas obras não serão executadas do dia para a noite. Obviamente, levarão décadas para ser executadas, obedecendo a critérios de demandas de cada bacia hidrográfica, de acordo com sua capacidade hídrica, ou seja, a priori, se executará as interligações mais urgentes, como, por exemplo, Tocantins ao São Francisco. E com o decorrer do tempo, de acordo com as necessidades, virão gradativamente as demais interligações, transposições e suas devidas derivações. Só assim amenizará o impacto orçamentário.
Terão participação neste orçamento todos os poderes públicos constituídos (federal, estaduais e municipais) beneficiados com estes projetos. Como também as companhias hidrelétricas envolvidas nesta conjuntura, como CHESF, Eletronorte, entre outras, e até mesmo a participação das populações favorecidas, através das tarifas públicas de água e energia, criando, deste modo, um verdadeiro Mutirão Orçamentário Nacional, dentro de um orçamento plurianual, até mesmo se preciso, de um orçamento pluridecenal. Portanto, tem de se acabar com esta cultura (mentalidade) dos governantes atuais de não concluírem obras inacabadas de governos anteriores.
Devo ressaltar, caso o Brasil execute esses projetos, que, certamente, no transcorrer do Terceiro Milênio, não precisará (com inteira segurança) de construção de usina dessalinizadora de água do mar, transformando-a em água potável para o uso de sua população. Pois é um custo altíssimo e, mesmo assim, não salva as hidrelétricas. Muitos países, ainda no transcorrer do século XXI, serão obrigados a construir as referidas usinas dessalinizadoras.
EXTRAIDO DO LIVRO: ÁGUA : A ESSÊNCIA DA VIDA.
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
João Pessoa(PB), 05.08.2002
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