domingo, 20 de abril de 2008

ESTUDO DE UM DIAGNÓSTICO DE ASSOREAMENTO...





VÍDEOS SOBRE...




COREMAS: UM DOS MAIORES AÇUDES DO NORDESTE SANGRA
http://www.youtube.com/watch?v=iYZcYkw4b_0




SANGRADOURO - BOQUEIRÃO - PARAÍBA
http://www.youtube.com/watch?v=U2HgDudh74E




Imagens do Sangradouro do Açude Orós 06/04/2008
http://www.youtube.com/watch?v=aFSeY8_WjpI&feature=related




ABERTURA DAS COMPORTAS DO AÇUDE CASTANHÃO - JAGUARIBARA/CE
http://www.youtube.com/watch?v=IFhlgUzf4hc&feature=related



BARRAGEM ARMANDO RIBEIRO GONÇALVES
http://www.youtube.com/watch?v=b_O0HmG7DvU






PROPOSTA DE ESTUDO DE UM DIAGNÓSTICO DE ASSOREAMENTO DE UMA BACIAHIDROGRAFICA COMO INSTRUMENTO DE UM PROGNOSTICO DE UMA PROBLEMATICASOCIOAMBIENTAL... (E QUE SIRVA DE MODELO PARA TODAS AS BACIASHIDROGRAFICAS EXISTENTES NO MUNDO)...







É sabido que no universo do Conhecimento Cientifico Hidrogeologico/Sedimentar, tem inúmeras teses de mestrados,doutorados e pós doutorados, que abordam e defendem estudos depós-graduações não só de hidrogeologia/sedimentar, como todos osestudos científicos universais...No entanto, esta proposta que ora se estar sendo apresentada, certamente galgará posições de destaque dentro do universo cientificohidrogeologico/sedimentar...

A proposta é a seguinte:

Que se desenvolva um estudo hidrogeologico/sedimentar em qualquer Bacia Hidrográfica no Mundo, quese projete o assoreamento, ou seja, no popular, o aterramento desta Bacia hidrográfica, que esteja sendo estudada, dentro de um determinado Tempo, e se diagnosticar o volume de assoreamento desta bacia hidrográfica no TEMPO e no ESPAÇO...

A partir daí, se projetando para o futuro(dentro de um interstício de décadas), o volume ou nível deassoreamento que irar ocupar... Então, diante desses pressupostos se irá perguntar, porventura deste referido ESTUDOHIDROGEOLOGICO/SEDIMENTAR, ora aqui abordado, como servirá de umestudo de um prognostico para uma futura problemática socioambiental?

É muito simples, que é sabido por todos, que é até mesmo bíblico, que deste os primórdios da civilização humana, a humanidade, se estabelecia à margem de rios, ou entre outros corpos de água, como: lagoas, lagos, várzeas, pântanos e/ou de mares e oceanos..., E se caso contrário, a vida se tornaria muito mais difícil, um exemplo palpável disto, foi à antiga Civilização Egípcia, que povoaram a margem do Rio Nilo, além de ser circundada pelos mares Vermelho e Mediterrâneo... Na atualidade não é diferente (e não poderia ser), na sua grande totalidade as pequenas, medias e grandes cidades, estão localidades a margens de corpos de água, ou de água doce ou de água salgada...


Voltando para esta presumida proposta,é consubstancioso tomarmos como parâmetros às diversas batemetrias(três no caso) feitas no Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão de Cabaceiras)
que foi inaugurado em 1957, com a capacidade máxima em potencial de acumulação de 535.000.000m³(quinhentos e trinta e cincomilhões) de metros cúbicos de água...Em julho de 1998 depois de41(quarenta e um anos) de sua inauguração, foi feita a primeira batemetria, que apresentou uma nova capacidade máxima de acumulação de450.000.000m³(quatrocentos e cinqüenta milhões)de metros cúbicos deágua, pelo visto, havendo uma redução de 85.000. 000m³( oitenta ecinco milhões) de metros cúbicos de água em sua capacidade máxima deacumulação original...Já na segunda batemetria, realizada em Maio/2003a sua capacidade máxima de acumulação caiu para 418.000.000m³(quatrocentos e dezoito milhões) de metros cúbicos de água. Efinalmente, em Setembro de 2004, foi realizada a terceira batemetria, aonde a sua capacidade máxima de acumulação, apresentou uma novaredução, ficando em 411.000. 000m³(quatrocentos e onze milhões) demetros cúbicos de água... Portanto, desde 1957 de sua inauguração atéSetembro/2004(data da sua ultima batemetria), em sua capacidade máximade acumulação houve uma perda de 124.000. 000m³(cento e vinte quatromil milhões) de metros cúbicos de água, em sua capacidade deacumulação... Que dentro de uma média ponderada corresponde uma perda de 2.638.000(dois milhões seiscentos e trinta e oito mil) de metros cúbicos de água ano após ano... Considerando esta referida perda anualmente, o açude Epitácio Pessoa, terá ainda uma vida útil de155(cento e cinqüenta e cinco) anos e 8(oito) meses, ou seja, no ano2.161 extinguirá sua vida útil, devido o seu assoreamento chegar a sua cota máxima de soleira...

Todavia, partindo desse pressuposto aqui levantado ou então, deste suposto estudo holístico, aqui abordado, percebe-se nitidamente, que todas as bacias hidrográficas e todos oscorpos de águas existentes no mundo, estão passivos desta realidade,uns mais, outros menos, dependendo obviamente, da composição(consistência) físico/química dos solos de cada região e, sobretudo,da cultura (consciência) socioambiental destas comunidades envolvidasdentro de cada contexto hidrogeologico/sedimentar, por ocasião, estejasendo estudado.


E AFINAL, COMO A PARTIR DE UM DIAGNÓSTICODE ASSOREAMENTO DE UMA BACIA HIDROGRAFICA QUE SIRVA DE INSTRUMENTO DEUM PROGNOSTICO DE UMA PROBLEMATICA SOCIOAMBIENTAL...

Partindo da premissa que qualquer corpohídrico (rio, açude, lago, lagoa, etc.) é passivo de um processo deassoreamento, é mais do que natural, que com o decorrer do tempo,eles(corpos hídricos) apresentarão seus problemas socioambientais. Um exemplo mais palpável disto, é sobre o Rio Tietê, que brota do lençol freático numa poça de água, meio a Serra do Mar, a mais de milmetros de altitude, em Salesópoles(SP), perto dali, a seca de 20quilômetros, está o Oceano Atlântico, destino final de todos os rios,mas, teimosamente o rio Paulista faz a curva e corre na contramão,para dentro do Estado até, divisa com Mato grosso do Sul, percorrendo1.136 quilômetros até sua foz no Rio Paraná, recebendo nada menos que5(cinco) mil afluentes, que entre as décadas de 20 e 30, se praticavaaté esporte náuticos(natação, remo, entre outros), e que hoje está quase totalmente assoreado e poluído, trazendo problemassocioambientais para todos os seus ribeirinhos, especificamente nagrande São Paulo, não só pela degradação das ações antropicas destemencionado rio, onde existem inúmeras invasões de cortiçosimobiliários, quase dentro de sua margem caudal, associado ao seu alto grau de assoreamento, provocando deste forma enchentes e inundações, causando por via de conseqüência um grande problema socioambiental...

E que para minimizar esta atual condição, será preciso de uma Política Pública de um ordenamento dedesenvolvimento urbanizacional, que preserve e aplique os preceitos socioambientais... Aonde se tome como, por exemplo, a política publicaambiental em voga em Paris capital da França, aonde tem seu Rio Sena,o seu cartão postal maior, onde seu leito caudal, é preservado dentrode rigorosos princípios ecológicos... Obstantemente, ainda isto não sepratica aqui no Brasil, ate por que, o conhecimento cientifico nomanejo dos recursos hídricos no Brasil, infelizmente, ainda estámarcando passos, ou melhor, se principiando...Até por que, o despertardo conhecimento na gestão dos recursos hídricos no Brasil, érelativamente novo...Só depois do final da década de 80, mais precisamente em 1988, foi quando se teve interesse de se criar à leinº 7.990, de 28 de dezembro de 1988, para se iniciar a gestão no usomais racional dos recursos hídricos brasileiros...
Até então, achávamos-nos, que os recursos hídricos fossem infinitos. Logicamente, deste referido pensamento, ficávamos nos nordestino de fora, até por sermos secularmente carentes deste liquido precioso, porém, ficamos reféns do interesse Geopolítico Nacional... Apesar de nós nordestinos ter tido a nosso favor a Política do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). Entretanto, aí é outra Historia... Todavia, Diante desta conscientização na realidade de que os recursos hídricos, não sãoinfinitos... Fez com que os Governantes Brasileiros se preocupassem com a gestão dos recursos hídricos, só então, começaram a traçarem Políticas Públicas voltadas para uso racional dos nossos recursoshídricos...

E finalmente, foi criada a lei nº 9.433, de8 de Janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos , criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de RecursosHídricos, regulamentando o inciso XIX do art.21 da Constituição Federal, que altera o art. 1º. da lei nº 8.001, de 13 de março de1990, que modificou a lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1988... Seria uma lei quase perfeita no Gerenciamento dos Recursos Hídricos noBrasil, se não tivesse quase por completo de omitirem Títulos,Capítulos e Incisos nas gestões dos Recursos Hídricos Subterrâneos e Costeiros... Só não houve a omissão plena na gestão do dos recursoshídrico subterrâneos, devido terem disciplinado nos Art.12 (estãosujeitos a outorga pelo poder publico os direitos dos seguintes usos de recursos hídricos), no incisoII (a extração de água de aqüífero subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo) e no Título II, Das Infrações e Penalidades, no Art.49 (constitui infraçãodas normas de recursos dos hídricos superficiais e subterrâneos), noincisoV (perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-lossem a devida autorização)...Mas, mesmo assim, só estamos saindo da inércia, pois muita água vai passar por baixo da ponte, aonde ironicamente passará muitos sedimentos. Que indubitavelmente, trará mais assoreamento para os nossos recursos hídricos brasileiros...


Neste contexto Hidroambiental, merece destacar,a conflituosa TRANSPOSIÇÃO(Integração da Bacia Hidrográfica do Rio SãoFrancisco, com as Bacias Intermitentes do Semi-árido NordestinoBrasileiro), aonde os "contrários" , como o professor de Hidrologia e Irrigação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, João Abner,diz , o projeto é politicamente inconseqüente por que gera um conflito entre os estados do Nordeste. O professor explica que a transposição, por um lado, compromete toda a vazão alocável de água que resta na calha do rio, de apenas 25 m³/s, e, por outro, as bacias hidrográficasreceptoras apresentam uma disponibilidade de água per capitasemelhante à dos moradores da bacia do Rio São Francisco, porém com um nível de comprometimento bastante inferior...Por outro lado, algunsestudiosos, como João Suassuna da Fundação Joaquim Nabuco, questionammuito, que com a captação das águas para a Transposição, diminuirá a vazão regularizada do sistema Chesf, comprometendo ou melhor,diminuindo a sua geração de energia...Prognosticando num futuro próximo, o Estresse Hídrico do Rio São Francisco...

Entretanto, ambos (João Abner e JoãoSuassuna), só apresentaram até agora, problemas Hidrológicos e de Geração de Energia, no entanto, nenhum dos dois estudiosos Abner e Suassuna, ainda não apresentaram soluções para o vossos questionamentos... Ou então, pelo menos, deveriam apresentar projetos de desassoreamento do Rio São Francisco, pois ambos são consultores do CBSF(Comitê da Bacia do São Francisco) que o mesmo, já apresenta umassoreamento bastante crítico, que decorrente disto, no Médio e Baixo São Francisco, numa Cheia não tão volumosa, já transborda sua calha caudal, inundando suas cidades ribeirinhas...


E que num futuro próximo, Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), por serem localizadas no sub-médio São Francisco de altitude média de 365 metros, onde se localizam em planícies, ou seja,de áreas sedimentares de grandes várzeas, susceptíveis a grandesacúmulos de sedimentos, ou melhor, de altíssimos assoreamentos... Senão houver, um projeto de dragagem (desassoreamento) no Rio São Francisco nestes citados município, eles estão fadados a serem as próximas Venezas Nordestina, não no sentido romântico, e sim no sentido pejorativo.


DO AUTOR DO LIVRO: ÁGUA: A ESSÊNCIA DA VIDA
PEDRO SEVERINO DE SOUSA
JOÃO PESSOA (PB), 30.07.2005.
Leia no
www.google.com.br,
PEDRO SEVERINO DE SOUSA",
Inúmerosartigos que abordam sobre Recursos Hídricos e Meio Ambiente....


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